SAIBA TUDO SOBRE COMANDO DE VÁLVULAS
(PARTE 1)
(BASE) Estudo Técnico sobre Comando de Válvulas
1. DEFINIÇÃO
O comando de válvulas pode aparentar ser um componente simples, mas na realidade, é um dos mais complexos do motor.
O comando pode ser definido simplesmente como uma roda excêntrica montada em um eixo que converte movimento rotatório em movimento linear. Em um motor, os “LOBES” ou “RESSALTOS” fazem com que os tuchos levantem ou abaixem e assim, operam as válvulas.
Depois do comando, existe todo o resto do conjunto do cabeçote, ou seja, válvulas, molas,
balanceiros, varetas e tuchos.
As forças desses componentes necessitam suportar um giro de 6000 rpm’s ou mais, dependendo da preparação.
O comando é conectado ao virabrequim pela corrente de comando, engrenagens ou correia dentada (mais comum em motores de extrema performance).
A cada giro do comando, dá-se 2 voltas no virabrequim que é de fato, o RPM medido do motor. Ou seja, se um motor gira 6000 rpm’s, o comando gira 3000rpm’s.
2. TERMINOLOGIA DO COMANDO
Para compreender a teoria do comando, deve se estar familiar com seus termos básicos, os quais são aplicados conforme o comando é hidráulico, mecânico (sólido) ou roletado.
O “LOBE” de um comando é verificável pelo seu formato similar a de um ovo, e cada parte do lobe possui um nome, o qual é um fator crítico do desenho do comando.
O “CÍRCULO BASE” é o local onde não há a ocorrência de abertura de válvula.
Girando o comando, encontra-se a “RAMPA DE ABERTURA”, que de fato, inicia o ciclo de abertura.
Em seqüência, vem o “PICO” ou “NARIZ”, que é o ponto de maior abertura de válvula e maior pressão de mola e após, vem a “RAMPA DE FECHAMENTO”.
A velocidade da “RAMPA” é definida como a distância do movimento do tucho por grau de rotação do comando.
Comandos não-roletados são de certa forma, limitados em velocidade e em quão íngreme a “RAMPA” pode ser, pois se é muito rápido, o “levante” pode pegar na borda do tucho.
O “LEVANTE” é a distância que o comando levanta o tucho. Por exemplo: um comando que possui “levante” de 0.310 pol.
Num motor 302, o balanceiro utilizado originalmente é de 1.6:1. Ou seja, multiplica-se o “levante” de 0.310 x 1.6 e acha-se o resultado de 0.496pol. de “LEVANTE DA VÁLVULA”.
Usualmente, utiliza-se a informação do “levante da válvula” para saber a graduação do
comando.
Ocorre que, ao utilizar um balanceiro de tamanho diverso, deve ser feito novo cálculo
para aferir a abertura de válvula.
4. DURAÇÃO
É o comprimento medido em graus de rotação do comando, onde a válvula fica afastada da sede.
Quanto mais longa é a duração, maior o tempo de abertura de válvula será.
Existem 3 maneiras distintas de medir a duração de um comando. A primeira delas é a qual o
comando é medido a partir de 0.004pol. de levante.
O segundo método é a “DURAÇÃO TOTAL”, e o mais preciso, é a duração a 0.050pol. de levante.
Estes 3 métodos não são comparáveis entre si. Por exemplo, um comando com 268 graus de
“DURAÇÃO TOTAL” pode ter 206 graus de “duração a 0.050 pol.
Quando se compara dois comandos, encontram-se na “duração total”, 6 graus de diferença enquanto a 0.050, encontra-se apenas 2 graus de diferença.
Assim como o sistema SAE de aferição, a “duração total” e “à 0.050” não são comparáveis entre si. Mas quando compara-se comandos diferentes, deve-se compará-los na duração à 0.050, pois é a mais precisa conforme a montagem do motor.
5. COMANDO SIMÉTRICO E ASSIMÉTRICO
Outra descrição do comando se refere à sua simetria.
Isto se refere ao “lobe” de admissão e de escape terem ou não a mesma duração e levante.
No comando “SIMÉTRICO”, o lobe de admissão e escape possuem a mesma duração, enquanto no comando “ASSIMÉTRICO”, tipicamente encontra-se uma duração de escape mais longa, permitindo assim, um maior escape de gases.
Por exemplo, um comando que tenha 224 graus de duração (à 0.050) na admissão, mas possui 232 graus no escape.
Comandos com menor duração, produzem potencia a baixo RPM.
Comandos mais “longos”, por sua vez, produzem picos de potência em alta rotação, mas perdem em baixo RPM.
Conforme a CANE, a cada 10 graus de variação (à 0.050), a banda de potência do motor muda em cerca de 500 RPM.
6. AVANÇO E RETARDO DO COMANDO
A maioria das engrenagens de comando fabricada atualmente possui várias montagens de chaveta.
Isso permite que o comando seja avançado ou atrasado alterando assim, o tempo da válvula. Sendo assim, o “AVANÇO” do comando garante mais torque, enquanto tira potência.
Por outro lado, retardando "ATRASO" o comando, aumenta-se a potencia, e perde-se em torque.
Entretanto, existe mais sobre tempo do comando que isso.
Primeiramente, a maioria dos comandos de rua possui 5 graus de avanço sobre o virabrequim.
Desta forma, deve-se optar por avanço ZERO no ajuste da corrente de comando.
Quando um comando é avançado artificialmente, aumenta-se a pressão dentro do cilindro.
Isto pode conduzir para problemas de detonação com gasolina de baixa octanagem.
Excesso de pressão no cilindro conduz para a pré-detonação, exceto se usada gasolina de octanagem apropriada.
Agora, retardando o comando ou adiantando o comando artificialmente possui uma finalidade mais esportiva, pois existe a necessidade de testes para aferir qual a melhor opção.
Avançando o comando, melhora-se a potencia.
Retardando o comando, aumenta-se o torque como dito antes.
Dependendo do motor, a potência já seja suficiente, existindo assim, uma brecha para que se
aumente o torque retardando o comando, ou vice-versa.
7. LOBE SEPARATION
Esta especificação é muito utilizada pelos fabricantes.
É a distância em graus entre o pico de levante do lobe de admissão (intake lobe centerline) e o pico do lobe de escape (exhaust lobe centerline) medidos no mesmo cilindro.
Quanto maior a distância, menor o “overlap”,
Quanto menor a distância, maior o “overlap”.
Não existe uma tradução específica para “overlap”, mas o termo significa o tempo em que ambas as válvulas (admissão e escape) estão desencostadas das suas respectivas sedes ao mesmo tempo.
Considerando um comando que tenha de 110 a 114 de “LOBE SEPARATION”, maior será o vácuo dentro do coletor e assim, mais lisa será a lenta.
Em contra-partida, comandos com lobe separation menores de 110, usualmente produzem mais potência em alto RPM e produzem menos vácuo no coletor de admissão.
Isso foi uma breve explicação sobre comando de válvulas, seu funcionamento e cada parte que deve ser levado em conta na hora da compra de um comando!
Quer ver mais, continue lendo ou vai para a pagina de Apostilas e Cursos.
ENQUADRAMENTO DE COMANDO
Saiba Mais
Resumo-Pago de Garagem;
Se o motor pode ser considerado uma orquestra afinada, um dos maestros deste conjunto é o comando de válvulas. É ele quem determina quando, por quanto tempo e com que intensidade o ar entra e sai dos cilindros. Mas como em toda boa orquestra o regente deve trabalhar de acordo com o limite dos seus músicos, para que nenhum deles desafine. Então meus amigos, vamos descrever cada parte cada parte, as suas funções, como elas interagem entre si e com o restante do motor. Hoje é dia de comando (que não é o Delta).
Uma conversa sincera com sua caranga
Isso pode parecer repetitivo, mas é extremamente necessário. Antes de qualquer decisão sobre qual perfil de comando escolher (ou qualquer outra modificação), pare tudo e bata aquele papo cabeça com sua caranga. Pegue algumas long necks sentem-se apenas vocês dois e faça a pergunta filosofal.
Afinal de contas o que você realmente quer?
Um daily mais esperto, um devorador de autoestradas, uma ratoeira para track days, um recordista dos 402 metros ou qualquer outra opção mirabolante que sua cabeça crie.
A resposta para essa pergunta é essencial para guiar a sua escolha. Respondida a primeira pergunta, você olha pro seu amigo e pergunta com mais intimidade.
O que você tem aí?
Para escolher o comando de válvulas nós temos que saber qual o diâmetro e curso do pistão, relação R/L, diâmetros de válvulas, relação entre áreas, faixa de rotação máxima atual e pretendida, taxa de compressão e nos casos extremos outras informações ainda mais específicas são necessárias.
Todas essas respostas, aliadas as outras informações contidas aqui servirão como Norte para que você escolha seu comando de forma mais consciente.
Muitos já estão familiarizados com os termos que envolvem um comando de válvulas, mas para que não haja dúvidas vamos ver cada um deles.
Como o próprio nome sugere, é um circulo imaginário que compõe a parte concêntrica do eixo de comando. É nessa área do came que a válvula permanece fechada (também conhecida como calcanhar).
É o resultado da subtração do círculo base pela altura total do came.
As áreas do came onde se inicia e finaliza a abertura e fechamento da válvula.
É a continuação da rampa, onde a taxa de aceleração fica claramente definida.
Nariz é o nome popular da parte mais elevada do comando, onde a válvula tem menor aceleração e alcançará sua máxima abertura.
Refere-se aos perfis de abertura e fechamento do came. Há comandos onde estes perfis são diferentes, por exemplo, um perfil que tem a rampa de fechamento mais lenta que a de abertura. A esse tipo de perfil, chamamos assimétrico.
Um comando pode ter cames com diferentes graduações para admissão e escape. Quando isso ocorre, chamamos de padrão duplo, quando as graduações são iguais chamamos de padrão simples.
É o ângulo total de abertura e fechamento da válvula. E consequentemente o ângulo total do lobe.
O ponto de maior levante no came determina a linha de centro do came. Que é o ponto de mudança no movimento das válvulas. De descendente para ascendente ou vice-versa. Pode ser encontrada na literatura como centerline.
É o valor em graus para a distância entre as linhas de centro de admissão e escape. Também é conhecido como lobe separation angle (LSA)
Chamamos de cruzamento o momento em que as válvulas de admissão e escape estão abertas ao mesmo tempo. Isso ocorre porque a rampa de fechamento do escape ainda não terminou e a rampa de abertura da admissão já se iniciou. O cruzamento também é chamado de Overlap.
Vocês devem se perguntar. Por que os valores de ângulo medidos no comando são na verdade uma referência ao deslocamento do virabrequim? Isso acontece para que se saiba a posição dos pistões, válvulas e em que tempo o cilindro está durante os ajustes. Lembrando que todos os ajustes são feitos tomando como referência o cilindro um.
A teoria dos motores de ciclo Otto diz que a válvula de admissão abre a 0° e fechar a 180°, enquanto a válvula de escape abriria a 540° e fecharia a 720°. Porém o mundo real traz algumas variáveis que complicam um pouquinho essa teoria.
O conjunto de acessórios que dão suporte ao movimento da válvula assim como ela própria possui uma massa considerável.
Graças à inércia, todo esse conjunto não pode sofrer aceleração instantânea, pois o risco de quebra é imenso.
Então o comando deve iniciar a abertura da válvula mais cedo e ter uma menor aceleração para que as válvulas não flutuem.
Também, na faixa mais alta de rotações um motor que tenha uma relação pequena entre áreas (área da válvula vs área do cilindro) apresenta uma maior resistência ao enchimento dos cilindros. Por todos esses motivos a duração dos lobes deve ser maior que os respectivos tempos de admissão e escape.
Então, com a influência de todos estes fatores entendemos que.
Quanto maior a duração do came de comando maior será a eficiência do motor. Certo? Não, como diria o Yoda. “Quanto maior a duração do came for, para cima mais deslocada a powerband será.” Ou seja, num comando de grande duração encontraremos os picos de torque e potência nos regimes mais altos de rotação.
Em casos mais extremos, como motores preparados para provas de arrancada, ocorre à reversão de fluxo na admissão e há perda completa da dirigibilidade em baixas rotações.
A duração do comando está diretamente ligada ao diâmetro do círculo base e ao círculo do nariz.
Sendo o círculo base a referência, quanto menor o seu diâmetro em relação ao nariz. Maior será a duração do came.
Sendo inclusive essa relação o fundamento de uma das mais antigas técnicas de preparação. O heel griding, que consiste em reduzir o diâmetro do círculo base aumentando assim a duração do lobe de comando.
Por isso os motores produzidos com proposta urbana têm comandos de válvulas com pequenos valores de duração.
O para e anda, baixas velocidades e constantes retomadas pedem que bastante torque esteja disponível nos regimes mais baixos.
Para atender a necessidade de uma maior duração e ainda sim distribuir a faixa de potência da melhor forma possível os fabricantes recorrem a outros ajustes do perfil de comando.
A primeira é a linha de centro de pelo menos um dos lobes (preferencialmente procure por ambas).
Como dissemos no glossário a centerline é o ponto mais alto da curva, mas não necessariamente é o centro da curva.
A designação realmente confunde, mas se você tiver um comando de perfil assimétrico, uma rampa terá duração diferente da outra (Falaremos sobre simetria um pouco mais abaixo).
A linha de centro é informada em graus, como todas as outras informações de deslocamento angular, e esta graduação é referente ao deslocamento do virabrequim.
Ou seja, o valor indicado no chart sempre será expresso em graus depois PMS para o came de admissão e antes do PMS para o came de escape.
Veja a tabela abaixo com o exemplo de cálculo das linhas de centro e ângulo de separação.
Com essa tabela podemos ver que as linhas de centro e o ângulo de separação dos lobes possuem uma relação direta.
O LSA é o ângulo formado entre as duas linhas de centro, e seu valor é a metade da soma entre as linhas de centro. Mas por que metade?
Porque o valor do ângulo é referente ao deslocamento do comando de válvulas, e como este gira com a metade da velocidade do virabrequim, seu deslocamento automaticamente será metade do deslocamento feito pela árvore de bielas.
Ok. Já sabemos o que é o ângulo de separação, mas como ele influencia o comportamento do motor?
Quando variamos o LSA automaticamente mudamos o momento de ocorrência dos quatro eventos das válvulas falados mais acima.
Dessa forma, quanto maior for o ângulo de separação mais cedo os picos de torque e potência irão acontecer. Quanto menor for o ângulo mais tarde os picos ocorrem.
O LSA é fixo em motores que possuem apenas um comando de válvulas, mas podem ser variados quando o caso é de duplo comando este ângulo pode ser alterado modificando a posição dos comandos. E isso nos leva ao próximo tópico.
Avançar ou retardar (atrasar) o comando de válvulas consiste em modificar a posição do comando em relação ao seu sincronismo original.
Se o comando for girado para frente no sentido de rotação do motor dizemos que ele está sendo adiantado.
Se o movimento é no sentido contrário ele está sendo retardado em sua atuação.
O objetivo é alterar o momento de ocorrência dos eventos.
Como mostra a animação mais acima, avançando o comando adiantamos os eventos gerando ganhos nos regimes mais baixos.
Retardando o comando atrasamos os eventos e o efeito é contrário. Ou seja, esse artifício funciona como uma gangorra.
Se uma extremidade se eleva, a outra decresce.
Para se conseguir modificar a posição do comando é necessária uma polia variável. Esta possui uma marcação para o zero grau (a posição original do comando) e outras para o avanço e retardo.
Normalmente as divisões são de um grau, mas temos que lembrar que essa graduação é referente ao ângulo do comando.
Então cada grau deslocado do comando corresponde a dois graus do virabrequim. O ajuste deve ser feito com um dos elementos travados (o comando ou o virabrequim), após ambos serem sincronizados no PMS.
Sempre deve ser checada a folga entre as válvulas e o pistão, quando este tipo de alteração for feita. Pois em excesso ambas podem gerar uma colisão. E ninguém quer uma cena dessas em mãos.
Após os eventos de válvula os elementos mais importantes na criação de um perfil de comando são o levante e a rampas de aceleração. Estes elementos atuam em conjunto e determinam a área total de abertura das válvulas e consequentemente a vazão máxima.
Porém a abertura máxima corresponde a uma porcentagem muito pequena do tempo em que a válvula permanece aberta.
O mais importante num perfil é o levante médio e não o pico. É esta média de abertura quem nos dará noção da faixa de rotação atendida pelo motor. Vou exemplificar para que tudo fique um pouco mais claro.
Temos um comando com cames de 260° de duração e levante de válvula de 9,74 milímetros, numa aproximação simples o levante médio será aproximadamente 6,4 mm. Se usarmos esse perfil em três motores com deslocamentos diferentes, mas cabeçotes exatamente iguais com válvulas de 32,5 mm.
Veremos que os motores apresentarão faixas de trabalho totalmente diferentes, observe na tabela abaixo.
Vejam que o perfil fica superdimensionado para um motor pequeno (a não ser que estejamos falando de um motor de pista).
Caberia como uma luva num motor médio esportivo. Mas ficaria um pouco aquém para os parâmetros atuais de um motor com deslocamento maior. Isso mostra que um mesmo perfil pode apresentar resultados totalmente antagônicos quando aplicado em motores com características diferentes. Por isso não existe receita de bolo meu chapa.
Mas afinal, qual o fator que realmente limita a faixa útil de um comando?
Como cargas d’água eu cheguei a esses valores? Basicamente é a velocidade de deslocamento da massa de ar. Quando este chega à condição sônica (velocidade igual ou superior a do som) o fluxo estagna. Ocorre o chamado estrangulamento de fluxo.
Então é a combinação entre diâmetro de válvulas e levante médio quem determina a área total de passagem e consequentemente o fluxo máximo. Estes valores são baseados na área total disponível para a passagem do fluxo.
Que é a combinação entre o levante médio e a área da válvula (área da tulipa menos área da haste). É esta área quem gera o Princípio Bernouli (leia a bela explicação do Juliano aqui) e determina a velocidade máxima do fluxo e consequentemente a sua vazão.
Observem a imagem acima, estes dois perfis possuem duração e levante iguais, mas são extremamente diferentes devido a um fator. Aquele que também determina o temperamento de um comando de válvulas. A sua taxa de aceleração.
Esta taxa é a razão entre o levante e a graduação do comando. Trocando em miúdos, ela representa quantos décimos de milímetro a válvula irá se deslocar a cada grau percorrido pelo comando.
Mas a conta não é tão simples quanto parece, não basta dividir a duração por dois e então dividir o levante pelo resultado. Nesta equação também deve entrar o tamanho do nariz. Não é uma piada, como dissemos no glossário, o nariz é a área onde está o maior levante do comando.
Então o tempo ou ângulo de permanência (dwell time) dessa área influencia a taxa de aceleração. Quanto maior for o nariz maior será a taxa de aceleração do comando e maior será o levante médio deste.
Se tivermos uma maior média de levante consequentemente podemos ter um fluxo maior para uma mesma duração. Por esse motivo os comandos mais agressivos têm narizes maiores. Mas há consequências quando se utiliza uma taxa de aceleração elevada.
A primeira delas é a perda de torque e dirigibilidade nas rotações mais baixas. Pois com uma maior abertura o fluxo tem menos velocidade e pode levar a reversão em certos casos.
A segunda e mais grave é o aumento do risco de flutuação da válvula, o que pode levar mais uma vez a colisão entre pistão e válvula.
Para evitar este comportamento em perfis mais agressivos os fabricantes algumas vezes recorrem a cames assimétricos, onde as taxas de aceleração de abertura e fechamento são diferentes.
Nestes casos a taxa de fechamento é menor para que este seja mais suave, evitando assim a flutuação da válvula.
A assimetria também pode ocorrer com diferentes durações para abertura e fechamento, o que nos leva a outras características de perfil, normalmente encontradas em motores sobrealimentados. E sobre ele falaremos no próximo post.
em muito mais vindo aí
Esse catatau de parágrafos, termos e ideias nós chegamos a metade do assunto. Sim, metade! Agora que vocês já sabem como funciona toda a filosofia e estrutura de uma árvore de comando, estão prontos para a próxima parte. Nós vamos abordar o conjunto acessório às válvulas, sistemas variáveis e outros tipos de acionamento de comando de válvulas.
Então senhores até a próxima!